Você muito provavelmente já ouviu falar sobre diversos tipos de câncer. Um câncer é uma doença que pode atingir diferentes órgãos e tecidos do nosso corpo. De maneira geral, o câncer é caracterizado pela multiplicação desordenada de algumas células “doentes” (ou mutadas), que perdem sua função original. Mas você sabia que a mielofibrose é um tipo raro de câncer?
O termo “mielo”, que dá nome a doença, significa “medula óssea”, uma região no meio dos ossos longos do corpo, como os ossos da bacia, que produz as células do sangue. Na mielofibrose, a medula óssea passa a não funcionar como deveria, levando à menor produção das células sanguíneas. Isso dificulta o transporte de oxigênio e nutrientes pelo corpo e acarreta os sintomas da doença, como: anemia, fraqueza, fadiga, perda de peso, dor nos ossos e aumento do baço.
Já o termo “fibrose” faz referência ao processo de cicatrização do nosso corpo. O problema é que, na mielofibrose, ocorre uma alteração do processo saudável de cicatrização. Nessa fibrose anormal, a cicatrização é muito exagerada e isso atrapalha o funcionamento do tecido reparado, que é danificado. Em resumo, na mielofibrose ocorre uma proliferação descontrolada do tecido de cicatrização na medula. Essa disfunção acontece não só na mielofibrose, mas nas demais condições que, assim como ela, pertencem ao grupo das doenças mieloproliferativas, incluindo a policitemia vera.
A Organização Mundial da saúde classifica a mielofibrose como uma neoplasia do sistema hematopoiético.
Ok, a mielofibrose é um câncer. Mas o que isso muda para mim?
Descobrir que a mielofibrose é um tipo raro de câncer pode ser preocupante no início, mas isso é sim importante para que você e seus familiares tenham clareza em relação à doença. Com essa informação em mente, fica mais real a necessidade de buscar o tratamento adequado e encará-lo com a dedicação e seriedade necessárias para viver bem.
Além disso, como outros tipos de câncer, a mielofibrose atinge cada paciente de forma muito distinta. Mas a doença é progressiva, ou seja, conforme aumenta o tecido de cicatrização na medula óssea, mais prejudicada fica a produção de sangue do paciente.
Por isso, é importante que os pacientes recebam o tratamento adequado de forma precoce, para assegurar que atinjam os melhores resultados possíveis. Converse sempre com seu médico, pois ele é a pessoa que melhor conhece as particularidades do seu caso e poderá aconselhá-lo da melhor forma!
Referências
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Fonte: saude.novartis.com.br